Embora as ferramentas de texto baseadas em inteligência artificial, como o ChatGPT, tenham avançado significativamente nos últimos anos, estas ainda apresentam limitações que destacam a importância do papel humano no processo de criação e edição de conteúdo.
O lançamento do ChatGPT pela OpenAI em novembro de 2022 atraiu mais de 1 milhão de utilizadores em apenas cinco dias. Um sinal óbvio do interesse que a ferramenta gerou e que ficou ainda mais expresso com o número de utilizadores em janeiro de 2023: 100 vezes maior do que em novembro.
Tanto interesse em volta desta ferramenta de inteligência artificial gerou, igualmente, uma série de mitos à sua volta. Alguns capazes de danificar a imagem do modelo de linguagem da OpenAI, outros nem por isso.
Os mitos em torno do ChatGPT podem, por isso, levar a que sejam criadas expectativas irreais e equivocadas sobre o que a tecnologia pode realmente fazer. Nesse sentido, torna-se importante desmistificar para que as pessoas tenham uma visão mais realista e precisa das capacidades do ChatGPT. Só isso permitirá um uso adequado da tecnologia, evitando frustrações e obtendo os benefícios que a tecnologia pode proporcionar.
Um recente artigo de Neil Patel - conhecido consultor de marketing digital - aborda um dos principais mitos em volta do ChatGPT: o de que irá substituir o Google como a principal ferramenta de pesquisa. No entender do conhecido palestrante, embora o ChatGPT e outras tecnologias de IA possam criar disrupção no mundo das pesquisas online, o Google ainda fornece as melhores e mais contextualizadas respostas para todas as perguntas. Patel enfatiza que, embora o ChatGPT possa fornecer respostas diretas e escritas de forma humanizada, essas respostas podem apresentar falhas, e por isso levar a conclusões erradas. Em resumo, Neil Patel desfaz o mito de que o ChatGPT substituirá o Google no curto e médio prazo. E coloca muitas das fichas no Bard...
Mas há mais mitos em volta desta espantosa ferramenta desenvolvida pela OpenAI. A título de exemplo, deixamos aqui uma curta lista dos maiores mitos sobre o ChatGPT.
O ChatGPT tem sentimentos: embora o ChatGPT possa ser muito avançado em termos da sua capacidade de conversação e habilidades linguísticas, convém realçar que é apenas um programa de computador e não tem consciência ou sentimentos.
O ChatGPT é capaz de fazer tudo: é verdade, o ChatGPT pode ser bastante capaz em muitas áreas, mas não faz tudo. Projetado para processar informações linguísticas e fornecer respostas, o ChatGPT apresenta muitas limitações perante tarefas mais complexas e que exigem conhecimentos especializados.
O ChatGPT fornece respostas precisas: o ChatGPT fornece respostas imprecisas ou erradas em algumas situações, especialmente se a pergunta for ambígua ou mal formulada.
O ChatGPT pode substituir os humanos: não haja dúvidas, o ChatGPT não pode substituir completamente os seres humanos. A interação humana é muito mais complexa e envolve aspectos emocionais e sociais que ainda estão além das capacidades desta tecnologia.
Há mais mitos em volta do ChatGPT e que vão além da ameaça de acabar com profissões e mercados. Ou, como pergunta Neil Patel no artigo anteriormente referido, “os smartphones, leitores digitais como o Kindle e tablets acabaram com livros físicos?” Aqui ficam mais alguns pontos da lista dos maiores mitos sobre o ChatGPT.
O ChatGPT é imparcial: embora treinado para fornecer respostas objetivas e imparciais, o ChatGPT ainda pode ser influenciado pelos dados que recebe. Além disso, é importante recordar que não tem a capacidade de entender ou responder a questões de justiça social, diversidade e inclusão.
O ChatGPT não é seguro: perante preocupações sobre segurança e privacidade no uso de tecnologias de IA, o ChatGPT aconselha a que sejam tomadas precauções de segurança, como deve acontecer ao usar qualquer tecnologia on-line.
O ChatGPT é uma ameaça aos empregos: a tecnologia de IA pode mudar o mercado de trabalho em algumas áreas, mas o ChatGPT é apenas uma ferramenta que pode ajudar a melhorar a eficiência e a produtividade.
O ChatGPT é apenas uma moda passageira: o ChatGPT é uma tecnologia relativamente nova que está a ser usada em muitas áreas, incluindo suporte ao cliente, assistentes virtuais, chatbots e muito mais. É provável que a tecnologia de IA continue a desenvolver-se e se torne mais avançada com o tempo.
O ChatGPT é negativo para a educação: muitos consideram que o ChatGPT pode facilitar o plágio e atrapalhar os estudos dos alunos. Mas, a verdade é que ninguém destruiu a calculadora quando foi inventada. Pelo contrário, foram encontradas formas de testar o conhecimento dos alunos considerando que passou a existir uma ferramenta tão boa para fazer contas.
Sobre mitos e ChatGPT, decidimos questionar o próprio modelo de linguagem e quisemos saber qual é, no seu entender, o maior mito em volta do ChatGPT? A resposta consiste na ideia errada de que é capaz de substituir totalmente as habilidades e competências humanas em todas as áreas, incluindo a comunicação, a criatividade e a tomada de decisão. “O ChatGPT é uma ferramenta valiosa para ajudar a automatizar tarefas simples e rotineiras, mas não é capaz de substituir totalmente as habilidades humanas em todos os campos e setores”, refere.
Em jeito de resumo, os mitos em torno do ChatGPT são reais e alguns deles prejudicam mesmo a sua reputação, bem como de outras tecnologias similares, levando a uma percepção negativa e errada sobre a sua eficácia e utilidade.
Embora o ChatGPT possa ser usado para traduzir conteúdo de uma língua para outra, apresenta ainda muitas limitações para esse propósito. Aliás, muitas vezes as traduções geradas pelo ChatGPT são imprecisas ou confusas.
Além disso, a tradução automática não é suficiente para atender às necessidades específicas de cada cliente ou situação. A tradução precisa levar em consideração o contexto cultural e a intenção do texto original, o que não é ainda possível através da tecnologia de tradução automática.
No caso da localização de conteúdo, o ChatGPT pode ser uma ferramenta útil, mas porque a localização de conteúdo envolve muito mais do que traduzir palavras de um idioma para outro, as suas capacidades são muito limitadas. Recorde-se que na hora de localizar conteúdo, é necessário ter conhecimento e compreensão da cultura e dos costumes do público-alvo, por exemplo.
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