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O futuro é sintético? A resposta é dada pelo CEO do Synthesia

Written by AP | PORTUGAL | 29/set/2021 11:34:29

 

Os meios de comunicação sintéticos estão a ser utilizados diariamente tanto por criadores independentes como por empresas da Fortune 500.

Antes de conhecermos a resposta à pergunta colocada no título deste artigo, assinale-se que o conceito de "meios de comunicação sintéticos" tem surgido como um termo alargado utilizado para descrever vídeo, imagem, texto e voz total ou parcialmente gerados por computadores. A capacidade de os sistemas baseados em Inteligência Artificial gerarem conteúdos audiovisuais é, pensamos nós, um dos desenvolvimentos mais excitantes possibilitados pelos recentes progressos na área do deep learning. 

Estamos, por isso, a viver uma grande mudança de paradigma na criação e consumo de meios de comunicação que provavelmente mudará a equação para indústrias inteiras.

Posto isto, abrimos este artigo à opinião de Victor Riparbelli, CEO e co-fundador da plataforma Synthesia,  defensor acérrimo da ideia de que o futuro será mais sintético do que nunca. Os primeiros sinais disso já se sentem no presente, aliás.

 

 

 

 

Diminuir o fosso entre a boa ideia e o conteúdo final

 

Num artigo publicado em 2020, Riparbelli considera que a comunicação por meios sintéticos contribuirá significativamente para diminuir o fosso entre uma boa ideia e o conteúdo final.

Nesse texto destaca que nas últimas duas décadas, a internet e os novos meios de comunicação democratizaram a distribuição de conteúdos. Exemplo disso, o facto de blogues e até os meios de comunicação social tradicionais terem-se tornado emissores gratuitos 24 horas por dia. Como o CEO do Synthesia recorda, "no mundo de hoje o desafio já não é ser publicado, mas sim ser descoberto no dilúvio de conteúdos disponíveis online.”

Há, todavia, um setor cujo avanço foi mais lento do que em outras áreas. Falamos da produção de vídeo. Se olharmos com atenção, ainda produzimos filmes da mesma forma que o fazíamos há 15 anos: atores, câmaras, efeitos visuais, pós-produção. Porquê? Ao contrário de outras formas de meios de comunicação, como a imagem ou o som, não podemos editar ou sintetizar facilmente novos vídeos sem efeitos visuais extremamente dispendiosos. Ou será que podemos? A verdade é que estamos a testemunhar atualmente uma grande mudança de paradigma na criação de conteúdos graças às tecnologias possíveis pelo enorme desenvolvimento e crescimento da Inteligência Artificial. 

 

"No mundo de hoje o desafio já não é ser publicado, mas sim ser descoberto no dilúvio de conteúdos disponíveis online.”

 

Os avanços estão a permitir a magia de produzir conteúdos multimédia com uma fidelidade tão elevada que é quase impossível de distinguir dos conteúdos criados pelos seres humanos. Isto aplica-se a texto, imagem, voz e, cada vez mais, ao vídeo.

Criar seres humanos digitais credíveis, tanto visualmente como em voz, é extremamente difícil de fazer, mas os avanços na IA estão agora a tornar o processo de criação de voz humana e vídeo mais rápido e eficaz.

O que estas tecnologias permitirão? Que pessoas, marcas e organizações ponham em prática as suas ideias de uma forma totalmente nova ao poderem produzir 10 vezes mais do que produzem hoje. E a um décimo do custo. 

Os avatares vão parecer e soar reais, daí que o Victor Riparbelli tenha considerado já em 2020 que na próxima década os meios de comunicação sintéticos trarão consigo mudanças fundamentais na criação de conteúdos. Estamos ainda em 2021 e a previsão tornou-se numa realidade.

 

Barreiras de custo e aptidão vão evaporar-se

 

Que nova realidade é esta? Segundo as previsões do CEO do Synthesia as “barreiras de custo e aptidão para criar conteúdo visual vão evaporar-se”, mudando a forma como comunicamos uns com os outros; tanto a nível pessoal como num contexto de meios de comunicação.

  • Os meios de comunicação sintéticos vão elevar o “vídeo granulado do telemóvel” para uma qualidade verdadeiramente profissional ou superior;
  • A barreira linguística vai desaparecer ao ser possível comunicar em diversas línguas;
  • Os efeitos visuais de alta qualidade, avatare, chatbots e vídeos interativos serão o novo padrão.

Dentro de 10 anos os filmes Marvel de hoje serão criados por estudantes de cinema, diz Victor Riparbelli. O facto é que hoje em dia a Inteligência Artificial permite realizar vídeos de avatares, representação de pessoas, com uma perfeita sincronização labial. O futuro é excitante, mais ainda do que está a ser o presente.

 

 

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