Não é difícil fazer uma pequena ideia do vasto conjunto de necessidades com que é confrontado, diariamente, todo o tipo de serviços públicos.
Há, por isso, um manual de procedimentos para a contratação pública de bens e serviços que estabelece não apenas o que as entidades devem seguir escrupulosamente como ainda estipula as regras em que a mesma deve ser feita. É um processo complexo, é certo.As regras de qualquer género de contratação pública de bens e serviços são extensas e variadas, cabendo-nos aqui apenas a referência aos concursos que afetam de uma forma ou outra as empresas de serviços linguísticos capazes de realizar, por exemplo, tradução, interpretação e localização.
Entre os cuidados que existem no lançamento de qualquer concurso público está a preocupação com o preço, que deve ser o mais baixo entre os que são apresentados. Uma preocupação natural, mas que não deve, todavia, tornar invisível um outro ponto na observação das candidaturas: a qualidade.
O que que queremos dizer com qualidade? Na prática estamos a falar na Norma de Qualidade ISO 17100, publicada em 2015 pela Organização Internacional de Normalização.
Contratação pública de serviços linguísticos
É importante, por isso, recordar a importância que a Norma de Qualidade ISO 17100, não tanto na perspetiva do que a mesma significa para uma empresa como a AP Portugal - Tech Language Solutions - uma das poucas empresas de tradução certificadas -, mas no que se traduz esse requisito para os clientes e, em última instância, para os consumidores finais.
A definição desta norma, publicada em 2015 pela Organização Internacional de Normalização, é um bom indicativo da sua importância: “A ISO 17100:2015 fornece requisitos para os principais processos, recursos e outros aspectos necessários para a prestação de um serviço de tradução de qualidade que atenda às especificações aplicáveis”, pode ler-se aqui (versão em inglês).
Um caso prático da ISO 17100:2015
Mas, mais do que o valor das palavras, atentemos num caso prático que reflete a diferença entre um trabalho de tradução realizado por uma empresa certificada pela norma em análise por comparação com uma outra entidade que não se rege pela ISO 17100.
Segundo a Norma de Qualidade pela qual todas as empresas de tradução deveriam reger-se, um serviço linguístico de tradução deve envolver um mínimo de dois profissionais da área, ainda que no caso específico da AP Portugal o mesmo envolva até quatro profissionais.
Uma tradução efetuada segundo a norma ISO 17100 é, na verdade, realizada por dois tradutores, visto que um deles executa a tradução propriamente dita e o outro realiza o trabalho de revisão
Vamos a um exemplo prático, então. Uma tradução efetuada segundo as normas do ISO 17100 é, na verdade, realizada por dois tradutores, visto que um deles executa a tradução propriamente dita e o outro realiza o trabalho de revisão, comparando o texto no idioma original com o texto na língua de destino. De que falamos? De uma revisão do conteúdo, estilo e gramática, consciente de que um outro par de olhos será capaz de detetar falhas que escaparam a um tradutor que, por muito competente que seja, não está imune a erros. Este trabalho de ajuste não fica concluído sem que tradutor e revisor da tradução discutam entre si a melhor forma de traduzir para que o trabalho final seja de satisfação total do cliente e consumidor final.
Ao trabalho de tradução e revisão, a AP Portugal Tech Language Solutions junta ainda mais duas etapas cumpridas por um gestor de projeto e um responsável pelo controlo de qualidade.
Garantia extra de um trabalho de qualidade
A Norma de Qualidade ISO 17100 é, neste sentido, uma garantia extra de um trabalho de qualidade, mas é, sobretudo, uma garantia que é dada ao cliente da empresa de tradução certificada e, em última instância, ao consumidor final. Nesse sentido, a escolha de uma empresa realmente certificada ganha importância quando falamos da contratação de serviços por parte de entidades públicas.
À qualidade não pode, em momento algum, ser atribuído apenas uma papel secundário, permanentemente subjugado pelo peso do preço. Um sinal disso mesmo são as regras seguidas nos concursos lançados pela União Europeia:
- Qualidade - peso de 70%;
- Preço - peso de 30%;
- Necessidade de comprovação de qualificações profissionais quer da entidade candidata quer dos elementos que constituem a sua candidatura;
- Realização de um teste prévio à qualidade da Tradução.
O que resulta destes quatro pontos? Fica provado pelos exemplos dos últimos concursos lançados pela União Europeia - entidade que, em todo o mundo, contrata mais serviços linguísticos - que não deixando de ser importante, o preço não pode ser a base de todas as decisões, devendo ser levados em conta outros fatores, entre os quais se encontra a qualidade dos serviços prestados.
A comprovação da veracidade das candidaturas ISO 17100
“Enquanto Organismo Nacional Coordenador do SPQ, são atribuições do IPQ a gestão, coordenação e desenvolvimento do Sistema Português da Qualidade, numa perspetiva de integração de todas as componentes relevantes para a melhoria da qualidade de produtos, de serviços e de sistemas da qualidade e da qualificação de pessoas”, pode ler-se no site do Instituto Português da Qualidade, IP (IPQ). Uma frase que é um ponto de partida para reforçar a aposta na qualidade, mas que também torna urgente a observação do cumprimento escrupuloso das regras.
É, neste sentido, imprescindível a comprovação. A comprovação da veracidade das candidaturas que se afirmam certificadas pela ISO 17100:2015, caso contrário estaremos a incorrer no risco de pactuar com a nefasta propagação de afirmações enganosas, nada fazendo para impedir o uso ilegal da marca ISO. “Trabalhar em conformidade…”, “aos olhos de…” não é o mesmo do que ser uma empresa de serviços linguísticos certificada pela Norma de Qualidade.
Teste prévio à qualidade da tradução
Um passo atrás neste artigo para voltarmos a um dos pontos que encontrámos nos recentes concursos lançados pela União Europeia: “Realização de um teste prévio à qualidade da Tradução”. Uma regra por si só capaz de funcionar como prova de qualidade, tornando-se uma parcela da avaliação, lado a lado com a questão do preço e da certificação.
Chegado o momento da contratação pública de serviços linguísticos há uma lista de elementos que devem, realmente, ser levados em conta a fim de proteger não só a administração pública, que contrata, bem como o cidadão que é o beneficiário final.
- Entrega de uma cópia do Certificado da Qualidade ISO17100;
- Preço economicamente mais vantajoso;
- Execução de um teste até 500 palavras;
- Comprovação de qualificações profissionais;
- Filiação a associações do sector.
A aposta na inovação e qualidade não pode ser apenas parte de um discurso vindo do Estado, mas deve fazer parte das melhores práticas, mormente na contratação pública de bens e serviços.
O preço faz todo o sentido como ponto diferenciador quando a disputa é feita por empresas certificadas pela ISO 17100, caso contrário toda a mensagem da aposta da Qualidade, que podemos encontrar no site do IPQ, não fará sentido. Em especial esta passagem sobre o “objetivo de assegurar a ‘procura da qualidade de produtos e serviços para o aumento da qualidade de vida dos cidadãos, aumento da competitividade das atividades económicas num contexto de progressiva liberdade de circulação de bens’".
QUEM SOMOS
AP | Portugal Tech Language Solutions é uma empresa portuguesa de tradução certificada pela Norma Internacional da Qualidade ISO 17100, representante oficial da tecnologia Wordbee, com uma agência de tradução em Lisboa e outra agência de tradução no Porto. Reconhecida internacionalmente pelas suas competências tecnológicas de localização e tradução de websites, SEO multilingue, locução, legendagem e interpretação, aposta com entusiasmo no desenvolvimento da cooperação em Luanda, Maputo, Bissau, Praia, São Tomé , Dili e qualquer ponto do mundo onde a sua organização ou instituição necessite de um parceiro especializado em mais de 125 pares linguísticos.
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